Querido Deus, hoje vi um filme que as pessoas escreviam pra Senhor e me deu uma vontade de escrever também, estou muito confusa e perdida ultimamente, tenho seguido um caminho que eu já passei e não foi nada legal, não tenho muita vontade de me levantar pela manhã e estou desacreditada de alguns sonhos, esses que me impulsionava a viver melhor e feliz, com esperança! To cansada de esperar Senhor, mas sei que as coisas só acontecem no seu tempo, estão lhe peço mas paciência, que eu não me sinta perdida, que seja forte pra tomar algumas decisões difíceis, principalmente as emocionais!
O que eu queria era algo tão simples, queria encontrar um homem que realmente me amasse e quisesse entrar comigo nessa aventura que é um casamento, queria ter um casal de filhos, um cachorro, um emprego na área ambiental e uma casa toda decorada por mim! Bem Senhor, são esses os meus sonhos, se o Senhor puder e se for da sua vontade que eles se realizem eu ficarei muito, mas muito feliz!!
Obrigada por mais um dia de vida!
Amém!
De sua filha Raquel Alves
SIMPLES ASSIM
** EVOLUINDO A CADA DIA **
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
"Antes só, do que mal acompanhada. E o ditado popular mais batido do mundo nunca me fez tanto sentido. É isso, era isso o tempo todo. Aguentar um monte por causa de amor, remar sozinha, fazer de tudo pra dar certo, tudo muito bonito, mas nada prático e, no fim das contas, quase nunca vale a pena. Faria sim tudo de novo, mas só porque preciso esgotar todas as possibilidades pra não surtar, não porque eu acho que poderia dar certo de alguma outra forma. Sempre é tudo tão óbvio pro resto do mundo e me irrita esse tipo de estado patético de cegueira e total vulnerabilidade que o amor submete a gente. Depois de tempos tão difíceis e tudo bagunçado por dentro. Acontece que, depois do amor, não dá pra seguir em frente sem férias. Então declaro, oficialmente, meu período de recesso emocional. Longo, eu espero. Pra respirar, me recompor, experimentar. Pra me amar e fazer de tudo por mim, pra variar essa história. Um pouco de mim pro mundo, muito do mundo pra mim e let it be. É que eu já não tenho forças pra iniciar novas histórias, entende? Só não consigo... Me dá calafrios toda vez que penso em me apaixonar e talvez essas mulheres malucas de filme, que não deixam passar do quinto encontro pra não criar nenhum tipo de vínculo, sejam só espertas demais. É, hoje não acho má ideia, muito pelo contrário. Tô esperta ou louca também. Provavelmente os dois."
Marcella Fernanda
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Saudades
Hoje eu só queria aliviar um pouco dessa culpa que me pesa os ombros. Não adianta, não importa o que a gente faça, sempre vai ter uma coisa incomodando, uma pedrinha dentro do sapato que machuca sem parar o dedinho da ponta. Eu não consigo, entende? Simplesmente eu não entendo o porquê disso tudo.
Podia ter acontecido com tanta gente, de tantas formas, mas foi acontecer com você. Logo com você. Eu, sinceramente, não entendo. Já senti raiva, tristeza, mais raiva e uma indignação. Depois passei a sentir culpa. Sei que devia fazer alguma coisa, mas não consigo.
Podia ter acontecido com tanta gente, de tantas formas, mas foi acontecer com você. Logo com você. Eu, sinceramente, não entendo. Já senti raiva, tristeza, mais raiva e uma indignação. Depois passei a sentir culpa. Sei que devia fazer alguma coisa, mas não consigo.
Ninguém entende a ligação que a gente sempre teve. Era tão bonito, tão puro, tão intenso, tão natural. É isso mesmo, natural. Sem forçar sorriso, sem forçar abraço, sem forçar beijo, sem forçar um amor só pra ficar interessante. Era simples, era beijo estalado, era abraço apertado, era olho no olho, era piada, era segredo, era bobagem, era conselho, era magia, era pureza.
Nunca mais a minha vida foi a mesma. Na verdade, nunca mais eu fui a mesma. Nem você. Nós mudamos. E isso me dói. Me dói tanto, mas tanto que o meu coração encolhe, fica pequeno, bem pequeno e eu não sei o que fazer com ele. Eu entendia tudo quando você sorria aquele sorriso que eu nunca mais vi. Meu Deus, como sinto falta de antigamente. Como sinto falta daquele tempo onde as coisas eram mais fáceis. Onde eu achava que tudo era eterno. Inclusive as pessoas.
Não quero sentir uma revolta dentro do peito. Não quero mais procurar respostas. Não quero pensar em você e sentir uma lágrima quente descer pela bochecha. Não quero mais sentir saudade da sua voz. Mas eu sinto tudo isso. E isso me dói, me dói, me dói e eu poderia ficar falando me dói, me dói, me dói até o fim da vida.
Você sabe que te amo? Sabe mesmo? Por favor, diz que sim. Eu sei que você de alguma forma sente todas as boas vibrações que mando todos os dias. Eu penso em você sempre. Te mando beijo, te mando abraço, te mando carinho, te mando o meu melhor. Mas eu não sei lidar com isso, me perdoa.
Clarissa Corrêa
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Reply
Imagine que tenho uma mala muito pesada com um milhão
de moedas de ouro. As alças ficam penduradas no meu pescoço, me
forçando a cabeça pra baixo, retesando os músculos do olhar pra frente.
Vez
ou outra, uma pessoa da rua passa e tenta me roubar. Mas, por mais que
esteja tão pesado e doendo e estragando a minha coluna, luto até a
morte pra proteger a tal da mala. Automaticamente me atiro contra o
chão, como se protegesse um filho das balas. São terríveis esses quilos
centralizados no ponto mais fraco do meu corpo, mas pra violência a
gente não entrega nem os fardos.
Dai,
também, às vezes, uma pessoa da rua se oferece pra carregar a mala pra
mim. Ou pra guardar em sua casa. Ou pra dividir o peso ao estilo “uma
mão em cada alça”. Também não consigo entregar meu arqueamento e
tamanho para essas pessoas. O amor gentil nunca me conquistou.
Gentileza é coisa pra quem nunca será íntimo. Solidariedade é coisa pra
campanha política. Felicidade é pra quem se conforma em ficar num lugar
só porque está bom.
Mas
muito de vez em quando, como aconteceu com a gente, aparece uma pessoa
que não me pede nada e pra quem eu tenho vontade de entregar cada moeda
da minha mala com um milhão de moedas de ouro. Tome, leve, gaste, use,
encha a sua banheira com elas e depois me mande uma foto.
Eu
sou uma mendiga ao contrario. Eu ando pelo mundo implorando pra que
alguém aceite a minha riqueza. Fico sentada no chão, tocando meu
instrumento, com um chapéu imenso e lotado. E a plaquinha “por favor,
não me ajude”. Muitas pessoas passam, mas pra poucas me levanto.
Posso
ficar horas tentando te explicar. Você tem um resto perdido e solitário
de sobrancelha ao lado da sobrancelha esquerda. Você tem pequenos
buracos entre os dentes de baixo. Você molha o lábio com a língua ainda
mais seca que seus lábios, quando está nervoso. Você joga seu maxilar
inferior pra frente quando a risada é de deboche. Você joga o seu
maxilar superior pra frente quando a risada é de timidez.
Você
atravessou a rua com as mãos congeladas dentro do bolso. Você pede
perdão pela sua parte playboy com a doçura e a sinceridade de um poeta
descalço. Você me convida pra almoçar no restaurante onde terminamos e,
porque sabe ser piadista exatamente do jeito que combina comigo,
explica detalhadamente onde é o lugar como se eu não lembrasse dele
todos os dias.
Eu
vejo a palavra “reply” no meu celular e, só porque tem a letra “y”, a
letra mais forte do seu sobrenome, sinto de leve um chutinho atrás dos
meus joelhos. Eu poderia ficar horas te explicando por que eu acho que
é amor. Você
outro dia fez o exercício contrário. Ficou tentando me explicar por que
não é amor. Falou da minha amargura verborrágica, das minhas fases com
remédios que causam anorgasmia, do quanto odiava quando eu tentava
extrair mais e mais e mais do seu peito protegido pelas várias
jaquetinhas modernas que parecem paletozinhos mas têm zíper e, por fim,
disse que apesar de não simpatizar com elas, prefere as meninas que te
fazem sentir de férias em um spa relaxante.
Não
são por essas coisas que não se ama. Não são por essas coisas que se
ama. Essas são apenas as coisas sobre as quais conseguimos falar na
nossa ânsia de ocupar a cabeça enquanto nos encaramos um pouco
assustados. A
verdade é que, no meio da multidão, estamos carregando nossas malas
pesadas de riquezas e belezas e sentimentos. E uma hora, só porque
acontece e não se pode explicar sem parecer ingênuo e arrogante,
escolhemos uma pessoa que nos leve.Eu sei que é amor porque eu te escolhi pra me levar e, mesmo você não tendo aceitado, eu fui. Eu
te vi atravessando a rua com as mãos frias dentro da “jaquetinha paletó
que tem zíper” e fui lançada sem tempo de pena. Você não sabe, você não
vê, você não quer, você não se importa. Mas, no último segundo do sinal
fechado, eu abri a janela do meu carro e joguei a mala com milhões de
moedas de ouro.
A
mala não te atingiu, caiu meio metro antes do seu último passo. Nem o
som do meu peito desmoronado, nem o cheiro do meu amor metalizado, nem
a luz da minha devoção dourada. A mala espatifou no meio da avenida
caótica pela chuva e pela véspera do feriado. Os famintos, os
entediados, os pobre-ninguéns, os todos-os-outros, se engalfinharam pra
tirar proveito do amor que, lançado ao homem sem mãos aparentes, agora
ficou esparramado, exposto e restante no asfalto, como um resto de
feira reluzente. (Tati Bernardi)
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Assinar:
Postagens (Atom)